terça-feira, 26 de agosto de 2014

Vitória da conquista: considerações paisagísticas

PAISAGISMO
Ultimamente tenho encafifado com um lance que tem muito mais a ver com minha amiga Queila, paisagismo na relação particular com a cidade de vitória da conquista, por isso, dando apenas uns pitacos, devendo minha inestimável e especialista amiga validar, propor, negar, debater o que aqui consegue-se pontuar.
É conhecimento comum, o fato de Conquista já ter sido um dia chamada de terra das flores, o que não dá direito para entender considerando que hoje ela está mais para terra do cimento, do concreto sendo suas áreas verdes, no geral, insignificantes e particularmente nas casas, ruas, quintais quase inexistentes tomando a cidade como um todo. 
Aliás, vem se notando que o cultivar plantas flores ornamentais ainda tem uma ínfima ocorrência , em grande maioria, nas casas, condomínios de classes sociais de maior poder aquisitivo maior, mesmo assim coisa muito em cima de plantas pequenas e médias sem, por exemplo, nem entre esses, plantar-se árvores nos passeios e ou interior das residências. Ao se referir à classe média em geral e os mais pobres em particular tal prática é deveras abominada. Será que tem a ver com a mercantilização das mudas sendo de difícil acesso ou será que tem mesmo a ver com a cultura, a falta de incentivo e disseminação da prática, a exemplo da Secretaria do Meio Ambiente que nega a doação a qualquer que seja o cidadão de um galho, por exemplo, de boa noite, aquela maravilhosa mais das banais florzinhas locais.
Pois é, como disse certa vez precisamos copiar os gringos, aqueles que seis meses devido ao rigor climático perdem seus jardins e que nos outros seis meses teimam em recuperá-los, que como disse um estudioso em se tratando dos bairros norte-americano: casa de campo para gente da cidade. Como esses, quero lançar a provocação e convite a parceiros para que mesmo modestamente consigamos reverter um pouco tal situação.
Na verdade queila é essa a intenção que você com o know how e moral que tem diante da comunidade conquistense (diferente de mim taxada como louca e marginal) me ajude nessa provocação de maneira que consigamos alguns resultados. Interessante que nesses dias estive no horto pedindo mudas de plantas, de preferências rústicas. O funcionário me disse que não se doa mudas de plantas , apenas uma muda de árvore. Na ocasião curti com a cara dele dizendo: dessa maneira você ou vocês me obrigam a roubar já que não me dão. Ele se retou e eu sarcasticamente disse: brincadeirinha........ Com o doce ou doces regionais, similarmente como intenciono com as plantas o apelo cultural é carro-chefe muito mais do que o econômico, já que sozinha, não por falta de buscar parceiros, até hoje mantenho a chama fabricando em quantidade irrisória mas constante. Na verdade, pago para não morrer a atividade, viro noites fazendo, sozinha, limpando toda a sujeira e na maioria das vezes dou, troco, sem ter nenhum lucro. Ainda bem que com as plantas tenho a sorte de ter você como amiga que sei que é de luta e de poucas conversas e mais ações (o que não é comum entre as pessoas ditas de bem) e para objetivar pensei (apenas pensei, o que é muito comum entre os loucos) iniciar um pequeno viveiro em terreno (condomínio de meu irmão), coisa bem pequena o que faria parte de um projeto que prevê ações como conversas distribuição de mensagens e panfletos, sobre o benefício, beleza, praticidade que tais plantas detém, culminando com distribuição de mudas gratuitas para segmentos pobres da cidade, ao mesmo tempo comercializando entre os que podem o que serviria de subsídio. As plantas seriam as mais simples e adaptadas possíveis. Tem coisa mais linda do que um canteiro ou caqueiro de margarida, por exemplo. Para mim é uma das mais lindas...........
Otima ideia Carmosa! Nos países mais "civilizados" existe um movimento chamado guerrilheiros verdes ou coisa assim. Eles saem na calada da noite e transformam terrenos baldios em lindos jardins, com plantas ornamentais e até comestíveis. Tem outro movimento que preparam bombas de sementes e jogam nesses lugares vazios. Com o período chuvoso essas "bombas" se transformam em plantas e povoam as encostas, etc. Ja pensou se essa moda pega?

Ainda sobre a ideia das plantas ornamentais. Endereço-me a queila, naia e lara pq foram as manifestantes mas a proposta que quero fazer não só deve como depende da incorporação de pessoas e mais pessoas.
Queilão tomando sua resposta sobre a necessidade de emplacar uma campanha penso que dia a dia a gente pode ir objetivamente lançando idéias, algumas que não se concretizarão e a partir daí pensar ações, propostas concretas que deveriam compor o que hora denomino projeto. Acho de imensurável potencial o uso de estudantes: Já pensou se conseguíssemos que alunos de disciplinas afinadas com a ideia de engenharia ambiental, geografia, agronomia e mesmo publicidade, químico, jornalista doassem o mínimo de tempo possível em ações que redundassem nos objetivos. A unidade - recorte de atuação pode ser diversa, dentre os quais, a casa, a rua, o quintal, o passeio, que deveriam ser eleitos e trabalhados segundo um cronograma e disposição de trabalho-tempo.........................
dever-se-ia prever reprodução de imagens
Precisávamos ver que recursos existem entre as instituições e em que medida são passíveis de captação.
A ideia extrapola por exemplo um programa flores da bahia que foca na comercialização de flores.
Não se descarta a possibilidade de geração de alguma renda mas os focos são variados, paisagístico, ambiental, embelezamento, cultural quiçá até nutricional, se incluíssemos como dito certa vez por grande agrônômo de sua geração Dú - se se pudesse manter em seu quintal 1 pé de brócolis, 1 de couve, 1 de pimentão e outros que esqueci estaria garantido uma dieta por todo o ano.....................................................
Creio amiga, que tem a ver com os dois: uma questão cultural, principalmente, e o preço das mudas. Lembro que quando fiz o censo demográfico urbano em bairros de periferia, via -se aqueles jardinzinhos populares abarrotados de 'comigo-ninguem-pode', lança-de-são-jorge, etc., todas ligadas a crendice popular de afastar maus-olhados, mas quase nenhuma arvore, ou no máximo, algumas bananeiras.
Talvez se houvesse uma campanha da prefeitura, universidade e outros órgãos competentes, esse quadro mudasse. Quem não gosta de plantas? Acho que a maioria.
Vamos espalhar essa campanha? Vou convocar o professor de floricultura e paisagismo da UESB, 
Alcebíades Rebouças, para engrossar esse caldo e fazer um trabalho com os alunos na conscientização popular, alem da distribuição de mudas.
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Queila Levinstone Essa ideia é ótima Carminha, usar o terreno pra fazer o viveiro de mudas. Vamos ver se a gente consegue mais gente pra engajar nessa campanha. Va juntando todo tipo de recipiente que possa ser usado para as mudas ( garrafas pet, de leite, etc), quem sabe dando o pontapé inicial consigamos mais recursos de outros lados?

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