Sabemos que
a universidade não é e nem deve ser uma entidade filantrópica, mas que é sua
obrigação contribuir, intervir na realidade atuando, no mínimo, como
disseminadora do conhecimento.
Ocorre,
todavia, que no interior dessas instituições são instaurados, pelos seus
profissionais, processos que restringem o acesso ao conhecimento, por
diferentes fatores, dentre os quais, a propriedade intelectual exacerbada,
temendo a cópia e preservando o ineditismo dos trabalhos realizados.
Poucos são
os que entendem o sentido da doação na produção do conhecimento, somando-se o
corporativismo e uma dose de preconceito, com posturas contraditórias ao
pregarem algo e agirem de forma contrária.
A vivência
particular nesse ambiente permite destacar atitudes corriqueiras. Como em toda sociedade,
a aparência em detrimento da essência é o que predomina.
A formação
de grupos fechados que não admitem a diversidade no agir e pensar é mesmo um
câncer que legitima, por exemplo, a saída de um professor para pós- graduação
que não sei por que razão é jubilado, sendo a ele oportunizado um segundo
afastamento (integralmente) que ironicamente ainda é prorrogado.
Ou, por
outro lado, professores carreiristas brigam por cargos de direção até
adquirirem a estabilidade ou acréscimo no salário para sempre, quando passam a
atuar perifericamente deixando de lado o empenho de outrora.
Além disso,
grande parte dos profissionais não disponibiliza sua produção intelectual, impedindo
a troca de ideias e consequente surgimento de novas.
Ao se tentar
denunciar práticas mesquinhas como essas e tantas outras, taxam-se as pessoas
de loucas, pondo-as a margem inviabilizando a carreira daqueles que despidos de
malícias e estrategismos tentam agir.