Vim de uma família pobre na qual a figura paterna faleceu aos 46 anos deixando doze filhos e nenhum salário mínimo como renda fixa. A metodologia da sertaneja analfabeta mas uma das mais inteligentes pessoas que já conheci foi corrente na geladeira e distribuição de apenas 1 pão por filho. Num contexto de dureza e conflito emocional intenso eu como filha caçula entendi que teria que transcender as condições postas e desde de muito nova me transformei em uma grande empreendedora, sem medir esforços para conseguir o mínimo de dinheiro. Iniciei o curso de geografia em 1985 (curso periférico) que para o contexto que vivi representou uma revolução em minha vida. Desde então passei a fumar maconha, o que não tem justificativa, mas pelos espancamentos que sofri (pelos irmãos) decidi que chocar de qualquer jeito era minha saída. Ocorre que no período da graduação ainda que fumando maconha (atitude sabida e aceita por todos os professores e colegas) consegui ser a melhor aluna da sala (não sei porque razão). Naquela época eu levava nas costa vinte litros de iogurte para vender, datilografava e elaborava trabalhos de colegas para conseguir alguma renda, vendi salada de frutas, pedia roupa velha dizendo que era com fins filantrópicos mas que era mesmo para vender na feira e burlar a miserabilidade vivida. Não sei porque razão consegui passar a ser professora do mesmo curso realizando mestrado (1997) e doutorado (2004). Quando da graduação na férias ia trabalhar em Porto Seguro e com o dinheirinho pagava o semestre a vista do curso de inglês que sonhava em realizar. Fato é que nessas idas a Porto Seguro encontrei minha alma gêmea tão ou mais dogradita do que eu. Mesmo sem trabalhar sendo eu a arrima de família (numa sociedade patriarcalista) ele era o escudo a cabeça. Para minha desgraça no decorrer do doutorado (2007) ele faleceu, desencadeando, então, um verdadeiro processo de desrespeito humilhação, anulação e algo mais. Como dito, mesmo usando drogas, fui considerada excelente professora e pelo caráter empreendedora já referido construi uma casa (que para mim é uma mansão), base com cem sacos de cimentos em seu fundo e ainda dois apartamentos em outro terreno. Vejam vocês com marido sem trabalhar, usando drogas, ainda assim, consegui acumular uma mincharia que já me garante liberdade financeira. Sou, verdadeiramente, abominadora e crítica do capitalismo mas paradoxalmente adoro dinheiro pois se você não o tem você vira uma cachorra na rua. Acerca dos dois apartamentos, na ânsia de conclui-los me endividei e mediante contexto de desequilíbrio emocional (morte do meu porto seguro) uma oportunista de uma irmão chamada Elizan Correia Santos que por anos afio foi desempregada e parcialmente sobrevivida com minhas parcas doações comprou um dos apartamentos por 80% do preço de custo, irmã esta que encabeçou a minha interdição se dizendo amiga íntima do Juiz (um canalha) chamado Sergio Lamêgo que por sinal hoje está com cancer, no que tenho certeza que Deus lhe respondeu a altura pela covardia e mediocridade que fez com uma pessoa que é de Deus. Me retiraram a oportunidade de exercer e ou contribuir com a universidade e região e ainda se apoderaram do meu dinheiro. Esta mesma canalha em todo o insttante diz"você é motivo de chacota. Brinque comigo que basta dar um alô para serginho que lhe mando para o sanatório". Outra coisa o terreno onde construi os tais apartamentos pertencia a um outro irmão que para não dividir com ex-mulher colocou todos os terrenos de sua propriedade em nome da mesma canalha elizan correia santos. Não sei como a receita federal ainda não pegou uma mediocre desta que hoje vive na corda bamba com um salarinho de 2.000 reais e oficialmente tem um patrimonio de mais de 1.000.000 de reais. E todo o instante mme diz assim: Você é burra, esqueceu que tudo lá está em meu nome.
Leitores estou em total crise emocional pela covardia que fizeram e fazem comigo a ponto de cometer uma loucura. Se alguém que por ventura venha ler essa auto-biografia tiver condições de me ajudar. Me ajudem, me tire de armadilha emocional que me colocaram. Não falo nem em dinheiro mas em respeito, apoio o que mais preciso hoje pois sinceramente não tenho o menor preparo para viver no mundo que vocês vivem, preferindo a morte.
Vitória Carme Correia Santos
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