Os conjuntos habitacionais, resultantes
da política habitacional do país encabeçada pelo Banco Nacional de Habitação (BNH),
são decisivos na produção urbana de Vitória da Conquista. No Estado da Bahia, a
URBIS (Habitação e Urbanização da Bahia S/A) associada ao BNH, construíram
significativos conjuntos habitacionais. Em Vitória da Conquista iniciou-se nos
anos de 1970 com a implantação dos conjuntos BNH e URBIS I, no Bairro Candeias.
Neste bairro existem também os INOCOOPs (Cooperativa
para Construção de Habitação Popular)
I e II, construídos no início da década de 1980, quando vários outros foram
edificados - URBIS II, III IV e V na direção da estrada que leva a Brumado; URBIS
VI na saída para o município de Itambé.
Os
primeiros conjuntos ocuparam uma zona residencial, potencialmente destinada à
classe média (B.Candeias), confundindo aquilo que, simbolicamente, tem a ver
com baixa renda (conjunto habitacional), e as residências de médio e alto
padrão, edificadas nos seus interstícios.Com esses equipamentos a cidade teve suas extremidades dotadas de condições de habitabilidade, tais como: linhas de ônibus, redes de água, esgoto e iluminação, presença de moradores, entre outros aspectos, beneficiando-se, sobremaneira, loteadores e proprietários fundiários da ocasião.
A reestruturação do SFH, e a extinção do BNH em 1986 (cuja atribuição foi transferida para a CEF e o Banco Central) provocaram mudanças estritamente financeiras, jogando por terra as esperanças alimentadas da casa própria. A CEF passou a gerir os programas de moradia popular, administrando as fontes orçamentárias (FGTS e Caderneta de Poupança). A partir da constituição de 1988, a questão habitacional passou a ser atribuída a União, Estados e Municípios. Desenhou-se uma incipiente autonomização da Política Habitacional em resposta ao quadro de redução dos gastos federais, e os Estados passaram a destinar maiores recursos para este setor.
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