quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uma experiência que merece continuação










Em 2010 uma equipe formada por agrônomos e uma geógrafa desenvolveu um projeto com parcos recursos e resultados significativos
 As experiências desenvolvidas permitiram  a  transmissão de conhecimento (na pratica), tais como preparo de solo da sementeira, semeadura escalonada, preparo de solo dos canteiros, tratos culturais noções de espaçamento, utilização de consórcio, identificação e controle de pragas através de catação manual, escalonamento da produção, utilização de adubação orgânica, tratamento do esterco de aves, entre outros.
Em duas propriedades/modelo construiu-se  2 filtros de areia, solo, matéria orgânica e plantas aquáticas com o objetivo de retirar o excesso de sais e sódio. Ficou constatado que a construção permitiu uma limpeza física da água, entretanto, os teores de sais e sódio permaneceram altos, o que limita o  seu reuso  para as  hortaliças. Cabe ressaltar que a análise da água foi realizada com as plantas aquáticas ainda pequenas, cabendo mais análises para constatação da ação das raízes. Mesmo com as plantas crescidas, por outro lado, sem realizar analises posteriores a água ocasionou problemas na germinação das sementes, embora algumas hortaliças adultas permanecessem com  estado vegetativo regular. Com isto tomou-se a decisão de se utilizar apenas os canteiros econômicos,(descritos a seguir) e continuar procedendo estudos para a reutilização das águas cinzas (lavagem de pratos, banho e lavagem de roupa), por considerar sua validação como um enorme instrumento para a melhoria da dieta humana no semi árido brasileiro. Na verdade, o reuso de águas no nordeste brasileiro pode mesmo ser considerado como uma revolução silenciosa, caso venha a ser validado.
Os canteiros  econômicos são caracterizados por uma escavação no solo com 7,00 m de comprimento X 1,20 m de largura X 0,20 m de profundidade, recoberto com lona plástica e sobre a lona, no sentido longitudinal um tubo de esgoto de 40 mm, de 6,00 m, furado em dois lados paralelos, de 0,20 em 0,20 m ao longo de seu comprimento, com uma curva nas extremidades e um tubo de 1 m em cada curva para receber a água de irrigação, cuja quantidade semanal é de 100 L, permitindo portanto uma grande economia de água. Sobre esses canteiros foram implantadas as seguintes hortaliças: alface, repolho, brócolis, couve de folha, coentro, feijão de vagem, pepino, cebolinha.
Essas ações são passíveis de aplicação em toda a zona rural de Vitória da Conquista e dos municípios adjacentes diga-se de passagem, majoritariamente, com um maior número de população rural, a exemplo dos 24 que compõem o Território de Vitoria da Conquista, recorte territorial que possui outra denominação  o que não vem ao caso.

Mesmo sendo dados de 2000 é possível referendar a predominância da população rural



TRVC: Informações sobre a população, por município


2000

Municípios
Área km2
Pop. Total
Pop.urbana
Pop. rural
Índice de urbanização(%)
Anagé
1.852
31.060
4.208
26852
13,5
Aracatu
1.536
15.491
3187
12304
20,6
Barra do Choça
778
40.818
17721
23097
43,4
 Belo Campo
608
17.655
8082
9573
45,8
 Bom Jesus da Serra
410
10.502
1953
8549
18,6
 Caetanos
857
13.076
2312
10764
17,7
 Cândido Sales
1.304
28.516
18924
9592
66,4
Caraíbas
1.125
17.164
1424
15740
8,3
Condeúba
1.237
18.047
6331
11716
35,1
Cordeiro
554
8.193
2100
6093
25,6
Encruzilhada
2.041
32.924
4983
27941
15,1
 Guajeru
643
12.836
1723
11113
13,4
Jacaraci
1.242
13.520
3651
9869
2,7
Licinio de Almeida
785
12.349
5957
6392
48,2
Maetinga
368
13.686
1974
11712
14,4
Mirante
928
13.666
1279
12387
9,4
Mortugaba
671
12.598
4994
7604
39,6
Piripá
651
16.128
5248
10880
32,5
Planalto
723
21.707
12537
9170
578
Poções
963
44.213
31801
12.412
71,9
 Presidente J.Quadros
1.327
17.045
2913
14132
1,7
Ribeirão do Largo
1.222
15.303
4451
10852
29,1
Tremedal
1.779
21.200
3503
17697
16,5
Vitória da Conquista
3.204
262.494
225545
36949
85,9

IBGE. Censo Demográfico, 2000

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