No endereço eletrônico: www.cnm.org.br está disponível estudo que mostra o aumento do número de municípios com restrições ao CAUC (Cadastro Único de Convênios). Questionou-se por e-mail, a situação dos 24 municípios integrantes do Território de Vitória da Conquista (lista de municípios no blog territóriosudoeste.blogspot.com.br).
sábado, 27 de abril de 2013
SÉRIE: DISCUSSÃO TEÓRICO METODOLÓGICA NAS AÇÕES ESTATAIS - BREVE TRAJETÓRIA DO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO.
Sobre a política de desenvolvimento regional
no Brasil é possível distinguir dois grandes períodos de ocorrência: período
posterior à década de 1950, que, aproveitando-se do contexto favorável,
caracteriza-se por grandes realizações, a exemplo da criação da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE); período iniciado após
a década de 1980, que, pela lógica do capital encampada pelo Estado evidencia
um agravamento dos problemas regionais no país como um todo.
As transformações materiais
do mundo após o ano de 1945 fazem parte de um contexto justificativo ao
interesse despertado sobre o tema desenvolvimento pela pesquisa, docência e
práticas estatais. O desenvolvimento nas décadas de 1950 e 1960 foi entendido,
essencialmente, como a necessidade de transformação de realidades de base
agrária em uma base industrial. A conquista do desenvolvimento econômico, numa
perspectiva de progresso linear, predominou no debate daquele momento. As
teorias que mais influenciaram as práticas de planejamento, particularmente
pelo estado, pouca ou nenhuma atenção atribuiu à dimensão sócio-espacial do
desenvolvimento.
A partir do final dos anos 80, com a divulgação
pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland)
do relatório intitulado “Nosso Futuro Comum”, iniciaram-se novas discussões
sobre o conceito de desenvolvimento, incorporando-se-lhe adjetivos como
sustentável, local, que assumiram, de lá para cá, a hegemonia do debate. A
emergência dessa nova fase na concepção de desenvolvimento é justificada pelo
despertar da sociedade para com os problemas ambientais, sendo atribuída maior
importância às dimensões ambiental e espacial, até então negligenciadas. No
seio dessas novas discussões existem grupos bastante comprometidos, que apresentam
argumentos coerentes, aos quais, ainda que discordemos teoricamente, não
podemos negar as contribuições. Há, por outro lado, a apropriação do resultado
dessas discussões, sobretudo pelos dirigentes políticos, de maneira
oportunista, deixando evidente as suas principais contradições.
O desenvolvimento sustentável é definido como
“aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade
das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades” (CMMDA, 199l,
apud BUARQUE, 1996, p. 6), sugerindo o aumento de oportunidades sociais com
compatibilidade entre o crescimento econômico, a conservação ambiental, a
qualidade de vida e a equidade social.
(BUARQUE, 1996).
Segundo Becker (1995), o
desenvolvimento sustentável, como exposto no Relatório Bruntland (1987), é uma
feição específica da geopolítica contemporânea, deixando à mostra a dimensão
política do espaço e dos conflitos a ele inerentes em várias escalas
geográficas.
BIBLIOGRAFIA
BECKER,
B. K. A crise do Estado e a região: a
estratégia da descentralização em questão. Rio de Janeiro: Revista
Brasileira de Geografia, jan./mar., 1995.
BUARQUE, S. C. Desenvolvimento Sustentável: conceitos e desafios. In: Bahia -
Análise e dados: desenvolvimento sustentável, v. 6, n. 2. Salvador: SEI, 1996.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
INICIANDO UMA SÉRIE DE APRESENTAÇÕES OBJETIVAS SOBRE CONCEITOS E METODOLOGIA APLICADOS NOS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS CONTEMPORÂNEOS
A ideia é iniciar uma discussão sucinta e, com determinada frequência, sobre conceitos e metodologias que se aplicam às ações de governo no mundo contemporâneo. Nesse sentido, em diferentes momentos levantar-se-á tópicos a serem discorridos, tais como os significados de: desenvolvimento sustentável; escala local; participação social; políticas públicas setoriais e territoriais, integração entre outros. É intenção, também, exemplificar e definir instrumentos metodológicos aplicados como o banalizado diagnóstico participativo, operacionalizado na sensibilização e eleição de atores locais; nas realizações do levantamento de condições locais e elaboração de planos de desenvolvimento. A presente iniciativa parte de experiencias realizadas outrora, tais como o levantamento bibliográfico sobre os referidos conceitos como suporte para análise e apreensão de programas governamentais brasileiros, particularmente, baianos.
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Linhas de financiamento para o pequeno agricultor nordestino atingido pela seca
Governo Federal cria linha de crédito especial para agricultores afetados pela seca, maiores informações no www.mda.gov.br, no portal da SAF;
Diversos programas disponibilizados pelo Banco do Nordeste, dentre eles Programa Emergencial para seca, maiores informações em www.bnb.gov.br;
Na página da ouvidoria geral do Estado consta o Programa voltado ao pequeno agricultor para infra-estrutura hídrica e social, produção de alimentos para consumo do pequeno agricultor. Maiores informações em www.ouvidoriageral.ba.gov.br seca ;
Agricultores do Nordeste tem nova linha de crédito, informação presente em revistagloborural.globo.com
Diversos programas disponibilizados pelo Banco do Nordeste, dentre eles Programa Emergencial para seca, maiores informações em www.bnb.gov.br;
Na página da ouvidoria geral do Estado consta o Programa voltado ao pequeno agricultor para infra-estrutura hídrica e social, produção de alimentos para consumo do pequeno agricultor. Maiores informações em www.ouvidoriageral.ba.gov.br seca ;
Agricultores do Nordeste tem nova linha de crédito, informação presente em revistagloborural.globo.com
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Mapeamento das condições sócio-espaciais do município de Vitória da Conquista,Bahia
Mapeamento das
condições sócio-espaciais dos povoados-distritos do município de Vitória da
Conquista: um projeto de pesquisa que imprescinde de parcerias na sua
realização
A pesquisa a que se
refere tem como objetivo identificar, e analisar as diferentes tipologias da
agricultura produzidas nos povoados-distritos do município de Vitória da
Conquista, Bahia, levando em consideração a combinação de fatores, agentes e
processos que concorrem para a sua diversidade social e espacial.
As tipologias agrícolas de forma geral são
representadas em maior expressão pela agricultura familiar e agricultura
patronal, Estas parecem bastante genéricas, sendo objetivo da pesquisa
estabelecer tipologias social e espacialmente mais complexas a partir de
critérios como rendimentos, condições sociais e culturais, tamanho das
propriedades, cultura produzida, situação geográfica (localização, condição
edafo-climáticas e outras), assistência técnica e epidemiológica, entre outras,
que sejam capazes de delinear intervalos mais próximos da realidade.
Carta ao Mestre
Carta ao Mestre
Olá José, e aí que saudade de você, necessidade de conversar
melhor. De certa forma José um dos motivos para a apatia que me encontro hoje
tem a ver com aquele trabalho para o Território de Vitória da Conquista. Ele
foi de importância fundamental para minha aproximação e análise da realidade, a
ponto de poder ser considerado como imprescindível, que me fez concluir algumas
questões sobre a política regional do Estado Brasileiro Hoje.
Pois é José na verdade eu fui
tão desrespeitada no final, não cumpriram nada do que regia o contrato, lá
dizia que era três meses, eu trabalhei 6. Diziam que havia possibilidade de
renovar, caso fosse o caso, falava sobre ajuda de custo não consegui e gastei
muito em termos de telefone, ligações para celular. As míseras parcelas que
totalizaram 4.500,00 depois dos descontos de 5.200,00 sofreram atrasos de mais
de 90 dias cada uma, tendo eu que dar mais de 20 interurbanos para receber cada
uma. Uma total falta de respeito.
Minha frustração, por outro lado
José tem muito a ver com o mundo acadêmico daqui. Eu totalmente romântica,
iludida, tentei dialogar com um milhão de pessoas sendo em vão, as pessoas não
se mostram. Só fazem isto quando estão armando para galgar algo. No início eu
mandava meu material para todo mundo, sem sorte. As pessoas são mesquinhas, oportunistas,
dissimuladas, egoístas, me fazendo asséptica, a ponto de nem saber se gostaria
de permanecer no mundo acadêmico, este mundo hipócrita, igual, medíocre.
Re: necessidade de lhe falar
|
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De:
|
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Enviada:
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domingo, 6 de abril de 2008 21:46:05
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Para:
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Vitoria Carme (vitoriacarme@hotmail.com)
|
Prezada
VitóriaCarme,
Você
fez muito bem em desabafar comigo. Sei de sua seriedade e de sua capacidade de
trabalho. Você é vivida o suficiente para discernir as coisas. Você tem um ritmo
de trabalho que poucas pessoas têm. Por mais que você queira socializar as ideias,
são poucos os preparados para compreender o sentido da doação no processo de produção
do conhecimento. Não acho bom você virar um poço de mágoas. Você atravessa um momento
difícil que é o de terminar sua tese. Dê bolas para todo mundo e siga em
frente. Faça seu trabalho. Fique com a consciência do dever cumprido e bolas
para os outros. Quero comemorar a defesa. Quando você tiver o título, você
formará seu grupo de pesquisa com seus alunos e pedirá apoio às Agências
oficiais.
Vá em
frente! Você é forte. Já passou por coisas piores!!!
IDÉIA DE UM PROJETO ADOTE UM MUNICIPIO
A proposta
que ora se apresenta intitulada
ADOTE UM MUNICÍPIO OU UMA COMUNIDADE pretende criar condições para que efetivamente a
academia se aproxime, conheça e contribua com a realidade que circunda as
universidades baianas , particularmente a UESB. É uma proposta de certa forma
ousada e que requer um trabalho intenso
inicialmente de propagação da ideia e tentativa de convencimento tanto por
parte dos atores locais (poder público, secretariado, presidentes de
associações e cooperativas, movimentos organizados, representante de jovens e
dos agricultores e agricultoras familiares, entre outros), como por parte dos
pretensos adotantes professores, técnicos, alunos e dirigentes da UESB,
podendo, com esse casamento, dar inicio
a uma relação profícua de soma de esforços e intervenção eficaz desses
profissionais que viessem a atender parcial ou totalmente ou no mínimo
encaminhar alguns dos principais problemas identificados pelos atores de cada
um dos municípios.
Minha sugestão é que o
projeto seja construído nos moldes de um Projeto Permanente de Extensão
Universitária com um nome do tipo: Rede de Assessoria e Apoio aos Municípios ou
Programa de Apoio sos Municípios - PAM.
O Programa inicialmente, cadastraria professores interessados, em seguida elaboraria uma lista de projetos e serviços a serem disponibilizados para os municípios. Em seguida, em um evento construído com este fim, os projetos seriam apresentados a estes municípios.Gradativamente, poideriam surgir novas propostas. Em um projeto dessa natureza é fundamental um nome e uma logomarca de impacto, a exemplo de " UESB em campo", " UESB em ação no munícipio", ou "aqui tem UESB", ou seja, algo assim.
Lembramos que somente após aprovação do seu projeto seria possível considerar as atividades no PIT do professor.
Coloco-me à disposição para continuarmos nosso diálogo.
Gelcivânia Silva
gelshiva@terra.com.br
Coordenadora Geral
CODES/SEC
3115-8932
O Programa inicialmente, cadastraria professores interessados, em seguida elaboraria uma lista de projetos e serviços a serem disponibilizados para os municípios. Em seguida, em um evento construído com este fim, os projetos seriam apresentados a estes municípios.Gradativamente, poideriam surgir novas propostas. Em um projeto dessa natureza é fundamental um nome e uma logomarca de impacto, a exemplo de " UESB em campo", " UESB em ação no munícipio", ou "aqui tem UESB", ou seja, algo assim.
Lembramos que somente após aprovação do seu projeto seria possível considerar as atividades no PIT do professor.
Coloco-me à disposição para continuarmos nosso diálogo.
Gelcivânia Silva
gelshiva@terra.com.br
Coordenadora Geral
CODES/SEC
3115-8932
segunda-feira, 22 de abril de 2013
A Constituição Federal de 1988 retrocedeu no quesito Reforma Agrária
Numa análise comparativa entre o
Estatuto da Terra e a Constituição Federal (1988), referente a Reforma Agrária,
a C/F conseguiu retroceder ,
compreendendo que as terras produtivas não podem ser desapropriadas com este
fim. Observe o trecho a seguir:
“(...) A
conseqüência principal se deu na elaboração da Constituição de 1988. Os precários avanços na legislação
fundiária da ditadura militar foram praticamente anulados pelos constituintes.
A utilização dos conceitos de ‘propriedade produtiva’ e de ‘propriedade
improdutiva’ introduziu uma ampla ambigüidade na definição das propriedades
sujeitas a desapropriação para reforma agrária, praticamente anulando as
concepções relativamente mais avançadas do Estatuto da Terra. (...)” (Martins, 1994,
p.90)
MARTINS, José de S.
O poder do atraso: ensaios de Sociologia da história lenta. São Paulo: Hucitec,
1994.
Caatiba e Bom Jesus da Serra-Ba: realidades que fazem cair por terra o binômio seca x pobreza
Caatiba e Bom Jesus da Serra estão entre os
municípios baianos com os mais baixos indicadores sociais e econômicos. A
análise comparativa entre as condições sócio-ambientais entre eles mostra que
apenas em Bom Jesus da Serra a escassez de recursos hídricos se aplica, estando
em Caatiba, a miséria de grande parte da população, relacionada com a extrema
concentração fundiária, onde a criação de bovinos predomina, absorvendo pequeno
número de trabalhadores. Por outro lado, nas duas realidades, a ausência de
assistência técnica e baixíssimo nível de escolaridade são constantes, negando a explicação da pobreza pelo viés da
seca.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Proposta de contribuição às organizações sociais e poder público da Região de Vitória da Conquista e demais regiões baianas.
Peço que seja divulgada amplamente a mensagem a seguir
Atenção segmentos sociais
organizados sob a influência de Vitória da Conquista e demais regiões baianas,
tais como associações, cooperativas, administrações municipais etc., me
disponho a contribuir em algumas ações que por ventura sejam demandadas, tais como
formatar projetos, analisar editais, buscar informações nos endereços virtuais
das esferas governamentais e organismos nacionais e internacionais. A
iniciativa parte de um desejo de contribuir, sendo atualmente Professora
Doutora do Departamento de Geografia da UESB, afastada, logo, com carga horária
e condições disponíveis.
Aproveito para divulgar um blog
de minha autoria recentemente criado, com o seguinte endereço eletrônico: www.regiâovitoriadaconquista.blogspot.com.br,
intitulado Vitória da Conquista e
Região, estando em meu poder um banco de dados referente aos 24 municípios
integrantes do Território de Vitória da Conquista, levantados na realização do
seu Estudo das Potencialidades Econômicas ( 2007 e 2008) e, na construção da
tese de doutorado em geografia no mesmo período, material que será encaminhado
aos interessados.
Atenciosamente
Vitória Carme C. Santos
77 88213255
Aguardo confirmação de
recebimento.
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Principais regionalizações aplicadas ao Estado da Bahia (de 1946 aos dias atuais): necessidade de contribuições (particularmente cartográficas) para publicação do material levantado
A ideia é realizar uma publicação num formato
aproximado de um atlas. As regionalizações tratadas não representam a totalidade dos agrupamentos
territoriais praticados hoje e ontem na Bahia, priorizando-se apenas as
divisões mais utilizadas e disseminadas entre os variados setores/atores
sociais, desde os governos e suas administrações, como técnicos, pesquisadores
e sociedade civil em geral.
A sua relevância está na arregimentação de material
que se encontra disperso, dificultando o acesso a um conteúdo não raramente
empregado sem rigor, muitas vezes tratando o que é construído e determinado
histórico e espacialmente como algo natural.
A apresentação das regionalizações se dá pela evidência de informações
básicas, como origem, nomenclatura, instituição responsável pela criação,
objetivos, finalidades, seguida da descrição da composição municipal e, na
medida do possível (dependendo do acesso ou não) da ilustração cartográfica. Já
quanto à ordem de apresentação apenas para tornar mais didático o texto,
utilizamos elementos cronológicos por
meio de intervalos de tempo. Nesse sentido engloba desde as zonas fisiográficas
de 1946, criada pelo IBGE e todas as suas revisões até, por exemplo, a divisão
em territórios, criada pelo MDA.
Rearranjos territoriais no Brasil,Bahia contemporâneos
O
PRONAT, programa instituído pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
dividiu a Bahia em 26 territórios sendo o de Vitoria da conquista (nomenclatura
inicialmente empregada) composto por 24 municípios: Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo,
Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros,
Encruzilhada, Jacaraci, Licínio de
Almeida, Guajeru, Maetinga, Mirante, Mortugaba,
Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal
e Vitória da Conquista. A composição municipal continua a mesma, alterando-se a
nomenclatura para algo em torno de Território do Sudoeste, o que numa
perspectiva geográfica representa um retrocesso, pois ao referir-se a Sudoeste faz-se
uma alusão a regionalização econômica, implementada pela SEI-SEPLAN, na qual a
Região com este nome integra 39 municípios, dentre eles Jequié, Jaguaquara,
Itapetinga, sendo que dos 24 municípios listados, vários estão agrupados na
Região Econômica Serra Geral.
Dos 26 territórios baianos, muitos foram
apoiados por instituições como CEPLAC, MDA, SEAGRI, INCRA, o que não ocorreu
com o de Vitoria da Conquista, que também não fora selecionado pelo Programa
Territórios de Cidadania do Governo Federal (maiores informações consulte o site www.territoriodecidadania.com,br).
O Governo da Bahia adotou essa regionalização no PPA-BA 2008-2011,
comprometendo-se a qualificar os recortes instituídos de maneira a intermediar a
relação entre sociedade regional e governo estadual, procedimento que não se
verificou. Passado alguns anos, eles são retomados pela administração estadual
conforme consta no blog (territoriodosudoeste.blogspot.com.br). Em 2007-2008 produziu-se um documento denominado
Estudo das Potencialidades Econômicas, uma espécie de diagnóstico. Pasmem vocês
com a informação de que o colegiado territorial está na fase de construção de
novo diagnóstico, o que é no mínimo um desrespeito com a sociedade envolvida.
Sobre esta nova fase buscar-se-á elementos que serão divulgados em breve.
Juventude e Economia Solidária
Na
época em que vivemos a inserção de novas pessoas no mercado de trabalho,
particularmente no mercado formal, torna-se cada vez mais difícil. Partindo de
tal reconhecimento, pressupõe-se que a preocupação com alternativas de geração
de alguma renda é de extrema importância. Na realização do trabalho a partir do
qual resulta o presente resumo – Projeto
de extensão Juventude e Economia Solidária: Possibilidades de desenvolvimento
para a Região Sudoeste da Bahia tem-se como prioridade a população jovem
que no caso de Anagé envolve turma de alunos da EFA – Escola Família Agrícola,
os quais têm sido estimulados, por meio de capacitações, a aproveitar produtos
e matérias-primas presentes na região. O projeto, além dessa turma de Anagé
ocorre simultaneamente no Distrito do Pradoso em Vitória da Conquista e no
município de Barra do Choça. O seu objetivo principal vem se realizando,
traduzido no despertar da capacidade empreendedora de cada um daqueles jovens,
treinando-os e chamando-os a atenção para a realização de atividades simples
que possam lhes gerar emprego e renda e quem sabe num futuro suas vidas e de
seus familiares possam galgar condições menos perversas. Primeiramente o
projeto foi apresentado e discutido junto ao grupo. Em um segundo momento foi
feito o diagnóstico participativo para o levantamento do produto condizente com
os propósitos do projeto e da realidade local, resultando na escolha da
fabricação de doces de banana e bijuterias a partir de sementes de árvores
nativas, como a leucena e penas de aves regionais. O projeto é desenvolvido via
UESB e conta com recursos do MEC. Os encontros e treinamentos realizados, em
parceria com o GEP, envolveram desde princípios da economia solidária, até a
produção e comercialização das atividades selecionadas. Por fim, pretende
realizar um grande encontro tendo como pauta a socialização dos resultados
entre os três grupos capacitados. A satisfação dos alunos da EFA é marcante,
havendo grande entusiasmo a cada passo desenvolvido dando para perceber que é
intenção de todos eles prosseguirem com as atividades, de maneira a
complementar a renda familiar.
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Região como um recorte territorial de difícil delimitação: o caso da de Vitória da Conquista
A realidade abrangida na titulação deste blog é de difícil delimitação, recaindo a influencia de V. da Conquista sobre uma ampla região, perpassando qualquer que
seja a regionalização instituída oficialmente Assim, a escala territorial
adotada ora abrange municípios mais diretamente influenciados ora abrange
outros mais longínquos mas que sob um ou outro ponto de vista interdepende com
essa cidade.
Se tomássemos a Região Sudoeste, por exemplo, estaríamos falando de 39 municípios que
contempla,os municípios de Jequié e
Itapetinga , mas deixa de fora, paradoxalment,e
o município de Brumado. As microrregiões
geográficas do IBGE, nesse caso a microrregião de Vit. da Conquista, do mesmo
modo, não dá conta da influência da cidade. Poderíamos levantar uma série de
outras como a instituída pelo MDA e
adotada pelo Governo do Estado da Bahia como recorte territorial
prioritário em seu Plano Plurianual
2008-2011, divisão em territórios de identidade, contemplando o Território de
Vitória da Conquista 24 municípios.Estes e outros recortes estão descritos na
pasta denominada regionalizações, com, dentre outras informações as nomenclaturas e composição municipal aplicadas a todo o
território da Bahia. Além disso, conforme entrevista com representante da SEI,
ligada a SEPLAN,
A
Bahia tem mais de vinte regionalizações, juntando as regionalizações das
secretarias, do Governo federal, dos diversos ministérios e órgãos federais são
vinte e tanta. Cada regionalização imprime limites correspondentes aos
objetivos propostos. Nós fizemos levantamento lá na SEPLAN e constatamos que só
entre as secretarias de governo temos cerca de 17 regionalizações. Essas
regionalizações, cada uma tem um formato territorial e uma escala diferenciada, pois cada uma delas
atende os objetivos da secretaria que a criou (Entrevista realizada em 2006)[1].
Poder-se-ia
dizer que tal informação é irrelevante
mas por incrível que pareça essa superposição de regionalizações contribui para
não integração das políticas e
programas públicos tanto federal quanto estadual causando prejuízo á comunidade
em geral. Exemplo claro disso está no confronto entre o Consórcio de Segurança
Alimentar e Desenvolvimento Local de Brumado - Bahia instituído pelo Ministério
de Desenvolvimento Social – MDS e os Territórios, mencionados, resultantes de
um Programa do Ministério de Desenvolvimento Agrário – MDA. O CONSAD de Brumado
abrange uma população de aproximadamente 192.883 pessoas de dez municípios
localizados numa região de intersecção entre as regiões econômicas sudoeste e a
serra geral (Regionalização Econômica Bahia, SEI); contempla quase em sua
totalidade a microrregião do IBGE Brumado e, do ponto de vista dos Territórios
(MDA) três municípios se inserem no Sertão Produtivo e os demais no Território
da Região de Vitória da Conquista. Ora, dessa forma na discussão do MDS, os
municípios x e Y sentam para dialogar com os municípios A e B, já na ação do
MDA serão obrigados a dialogar com outros, o que no mínimo despende energia e
não contribui para potencializar as ações que por ventura ocorressem. Essa
discussão pode parecer enfadonha, apesar de obrigatória, quando se trata de uma
formação geográfica, tendo como objetivo apenas levantar e
problematizar questões que nos envolvem.
Uma experiência que merece continuação
Em 2010 uma equipe formada por agrônomos e uma geógrafa desenvolveu um projeto com parcos recursos e resultados significativos
As
experiências desenvolvidas permitiram a transmissão de conhecimento (na pratica),
tais como preparo de solo da sementeira, semeadura escalonada, preparo de solo
dos canteiros, tratos culturais noções de espaçamento, utilização de consórcio,
identificação e controle de pragas através de catação manual, escalonamento da
produção, utilização de adubação orgânica, tratamento do esterco de aves, entre
outros.
Em duas propriedades/modelo construiu-se 2
filtros de areia, solo, matéria orgânica e plantas aquáticas com o objetivo de
retirar o excesso de sais e sódio. Ficou constatado que a construção permitiu
uma limpeza física da água, entretanto, os teores de sais e sódio permaneceram
altos, o que limita o seu reuso para as
hortaliças. Cabe ressaltar que a análise da água foi realizada com as
plantas aquáticas ainda pequenas, cabendo mais análises para constatação da
ação das raízes. Mesmo com as plantas crescidas, por outro lado, sem realizar
analises posteriores a água ocasionou problemas na germinação das sementes,
embora algumas hortaliças adultas permanecessem com estado vegetativo regular. Com isto tomou-se
a decisão de se utilizar apenas os canteiros econômicos,(descritos a seguir) e continuar procedendo
estudos para a reutilização das águas cinzas (lavagem de pratos, banho e
lavagem de roupa), por considerar sua validação como um enorme instrumento para
a melhoria da dieta humana no semi árido brasileiro. Na verdade, o reuso de
águas no nordeste brasileiro pode mesmo ser considerado como uma revolução
silenciosa, caso venha a ser validado.
Os canteiros
econômicos são caracterizados por uma escavação no solo com Essas ações são passíveis de aplicação em toda a zona rural de Vitória da Conquista e dos municípios adjacentes diga-se de passagem, majoritariamente, com um maior número de população rural, a exemplo dos 24 que compõem o Território de Vitoria da Conquista, recorte territorial que possui outra denominação o que não vem ao caso.
Mesmo sendo dados de 2000 é possível referendar a predominância da população rural
TRVC: Informações sobre a população, por município
2000
Municípios
|
Área
km2
|
Pop.
Total
|
Pop.urbana
|
Pop.
rural
|
Índice
de urbanização(%)
|
Anagé
|
1.852
|
31.060
|
4.208
|
26852
|
13,5
|
Aracatu
|
1.536
|
15.491
|
3187
|
12304
|
20,6
|
Barra
do Choça
|
778
|
40.818
|
17721
|
23097
|
43,4
|
Belo Campo
|
608
|
17.655
|
8082
|
9573
|
45,8
|
Bom Jesus da Serra
|
410
|
10.502
|
1953
|
8549
|
18,6
|
Caetanos
|
857
|
13.076
|
2312
|
10764
|
17,7
|
Cândido Sales
|
1.304
|
28.516
|
18924
|
9592
|
66,4
|
Caraíbas
|
1.125
|
17.164
|
1424
|
15740
|
8,3
|
Condeúba
|
1.237
|
18.047
|
6331
|
11716
|
35,1
|
Cordeiro
|
554
|
8.193
|
2100
|
6093
|
25,6
|
Encruzilhada
|
2.041
|
32.924
|
4983
|
27941
|
15,1
|
Guajeru
|
643
|
12.836
|
1723
|
11113
|
13,4
|
Jacaraci
|
1.242
|
13.520
|
3651
|
9869
|
2,7
|
Licinio
de Almeida
|
785
|
12.349
|
5957
|
6392
|
48,2
|
Maetinga
|
368
|
13.686
|
1974
|
11712
|
14,4
|
Mirante
|
928
|
13.666
|
1279
|
12387
|
9,4
|
Mortugaba
|
671
|
12.598
|
4994
|
7604
|
39,6
|
Piripá
|
651
|
16.128
|
5248
|
10880
|
32,5
|
Planalto
|
723
|
21.707
|
12537
|
9170
|
578
|
Poções
|
963
|
44.213
|
31801
|
12.412
|
71,9
|
Presidente J.Quadros
|
1.327
|
17.045
|
2913
|
14132
|
1,7
|
Ribeirão
do Largo
|
1.222
|
15.303
|
4451
|
10852
|
29,1
|
Tremedal
|
1.779
|
21.200
|
3503
|
17697
|
16,5
|
Vitória
da Conquista
|
3.204
|
262.494
|
225545
|
36949
|
85,9
|
IBGE.
Censo Demográfico, 2000
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