segunda-feira, 3 de junho de 2013

O ESTADO DA BAHIA SOB O PONTO DE VISTA REGIONAL


O território baiano é extenso e com desequilíbrios regionais expressivos que vêm se estruturando ao longo da história, agravando-se especialmente a partir dos anos 50 com a industrialização da Região Metropolitana de Salvador. Este processo é resultante da modernização capitalista do Estado que teve, dentre outros marcos, a implantação da refinaria de Mataripe com a descoberta do petróleo em 1949; a indústria petroquímica e a metalurgia do cobre na década de 70.
 Não resta dúvida que a economia baiana, a partir desses e de outros processos, cresceu significativamente, atingindo taxas superiores à média nacional (conforme fontes oficiais), tendo, todavia, no agravamento das disparidades sócio-territoriais do Estado uma condição e, ao mesmo tempo, um resultado.
A distância entre a Região Metropolitana de Salvador - RMS e as demais regiões estaduais é constatada por meio das seguintes informações: a metrópole estadual é responsável por 52,5% do total das principais atividades exportadoras (metalurgia, derivados de petróleo química e petroquímica); a indústria de transformação, correspondendo em média a 22% do PIB baiano possui quase 80% de suas unidades localizadas em seis municípios da RMS;  dezoito dos 415 municípios da Bahia geram cerca de 80% de toda a renda estadual, sendo que neste grupo, os municípios da RMS participam com quase 70%; as cidades da RMS concentram quase 85% do movimento bancário do estado, sendo Salvador responsável pôr 80%; Salvador concentra 53,1% da arrecadação do ICMS comercial do estado e 71,8% da arrecadação do ICMS de serviços. (SOUZA, 2004).

SOUZA, C. Regiões metropolitanas: trajetórias e influência das escolhas institucionais. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de Q. (org.). Metrópoles: entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o conflito. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo; Rio de Janeiro: FASE, 2004. 

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