O território baiano é extenso e com
desequilíbrios regionais expressivos que vêm se estruturando ao longo da
história, agravando-se especialmente a partir dos anos 50 com a
industrialização da Região Metropolitana de Salvador. Este processo é
resultante da modernização capitalista do Estado que teve, dentre outros
marcos, a implantação da refinaria de Mataripe com a descoberta do petróleo em
1949; a indústria petroquímica e a metalurgia do cobre na década de 70.
Não resta dúvida que a economia baiana, a
partir desses e de outros processos, cresceu significativamente, atingindo
taxas superiores à média nacional (conforme fontes oficiais), tendo, todavia,
no agravamento das disparidades sócio-territoriais do Estado uma condição e, ao
mesmo tempo, um resultado.
A
distância entre a Região Metropolitana de Salvador - RMS e as demais regiões
estaduais é constatada por meio das seguintes informações: a metrópole estadual
é responsável por 52,5% do total das principais atividades exportadoras
(metalurgia, derivados de petróleo química e petroquímica); a indústria de
transformação, correspondendo em média a 22% do PIB baiano possui quase 80% de
suas unidades localizadas em seis municípios da RMS; dezoito dos 415 municípios da Bahia geram
cerca de 80% de toda a renda estadual, sendo que neste grupo, os municípios da
RMS participam com quase 70%; as cidades da RMS concentram quase 85% do
movimento bancário do estado, sendo Salvador responsável pôr 80%; Salvador concentra
53,1% da arrecadação do ICMS comercial do estado e 71,8% da arrecadação do ICMS
de serviços. (SOUZA, 2004).
SOUZA, C. Regiões metropolitanas: trajetórias e
influência das escolhas institucionais. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de Q.
(org.). Metrópoles: entre a coesão e a fragmentação, a cooperação e o conflito.
São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo; Rio de Janeiro: FASE, 2004.
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